Implantação dos livros do PNLD 2024

Para começar a implantar os livros do PNLD 2024, ative o sino e acompanhe a semana de implantação, que começa nessa terça-feira (30).

1985: essa foi a data do primeiro Programa Nacional do Livro e do Material Didático, o chamado PNLD, a ser instituído no país. Mas, antes disso, a partir de 1937, algumas políticas públicas referentes ao livro didático começaram a ganhar corpo e evidência, tudo com vistas a democratizar o acesso ao material didático de qualidade para o estudante brasileiro.

Ao longo dos anos, presenciamos diversas atualizações para melhoria do Programa. Porém, foi somente em 1985 que o professor passou a ter autonomia para as escolhas dos livros, o que gerou, portanto, mais assertividade nesse processo, uma vez que as necessidades de sala de aula e da própria atuação como docente passaram a ser levadas mais em conta, já que são os docentes e, consequentemente seus estudantes, os principais impactados por essa escolha.

2023/2024: o que o professor pode esperar quanto às atualizações visando ao desenvolvimento do estudante e quanto ao materiais que vão apoiá-lo em seu fazer pedagógico?

Vale lembrar, antes de prosseguirmos, que o PNLD 2024 é voltado aos Anos Finais do Ensino Fundamental, para todos os componentes curriculares.

Tendo isso em visto, é importante salientar que são três objetos com os quais você vai trabalhar:

  1. a Obra Didática impressa, referente ao seu componente curricular (com uma única coleção a ser utilizada do 6º ao 9º ano), o que mostra a espiralidade com que ela poderá ser desenvolvida ao longo do segmento;
  2. a Obra Digital, ou seja, os chamados REDs (Recursos Educacionais Digitais), com o intuito de desenvolver o uso da tecnologia em sala de aula, tanto para aluno quanto para professor; e
  3. as Obras Literárias, o que promove a possibilidade de aliar a leitura literária, por meio da literatura, às vivências estudantis.

O livro didático é um artefato cultural porque agrega tanto a historicidade sobre os meios e modos como seres humanos foram consolidando a sua existência, quanto por contemplar as novidades que circulam pelos contextos socioculturais atuais, por exemplo, as tecnologias digitais e os debates sobre as diversidades de raça-etnia, o respeito pelo outro e a sociedade democrática. Na condição de artefato cultural, o livro didático aciona uma multiplicidade de ideias, relações, conflitos, desejos emanados pelos atores que integram a dinâmica comunidade escolar.

(Fonte: Guia PNLD 2023 – Portal do Governo Brasileiro)

Escolhas: quais os caminhos para sua jornada?

Escolher algo é uma ação repleta de significados. Escolhemos algo para alguém com algum objetivo. Isso é um fato.

olho jornal implantação PNLD 2024

O ato de amor incutido nessa escolha, com certeza, diz muito sobre você. Escolher um livro para estudantes (e para nortear o seu trabalho) é mostrar toda sua potência enquanto educador, sua vontade de fazer parte de um movimento contínuo de transformação do ser humano que só a gente sabe que acontece por meio da educação.

O ato de responsabilidade não é aquele que vem com uma carga negativa, pesada, muito pelo contrário. Há alunos sob seus cuidados pedagógicos e humanistas que estarão com você numa jornada letiva que, de alguma forma, vai mudar a vida de todos, inclusive a sua e a de muitas famílias.

o ato de coragem representa a compreensão de que a “sua escolha” fará a diferença, porque você entende sua formação e sua experiência como os melhores filtros para encontrar o material didático mais relevante a ser adotado, além de esse aspecto também ser decisivo para avaliação da competência dos autores e da editora que o elaboraram.

Então, depois das escolhas, vamos entender como uma implantação bem arquitetada pode trazer, na prática, transformações significativas?

Implantação do PNLD 2024: o quê e o porquê

Depois das obras escolhidas, é hora de pensar no planejamento para utilizá-las de acordo com os seus objetivos de ensino, do grupo de professores do seu componente curricular e de toda gestão escolar, claro, com base nos documentos normativos, que trazem sugestões de trabalho, e em suas experiências.

A ação de planejar é tão norteadora e poderosa que, sem dúvida alguma, permite olhar com tempo para o que é preciso desenvolver junto aos alunos, corrigir rotas e legitimar ações que dão certo.

Sem contar que um organismo vivo, com pessoas, é muito dinâmico e tende a caminhar de acordo com as mudanças que também ocorrem ao longo do processo de execução das atividades.

Saber o ponto de partida, para onde está indo, com quem, de que forma e para que faz a caminhada de ensino-aprendizagem ser estratégica. E usar as melhores estratégias faz do corpo docente e gestor ter ciência de que os resultados chegarão.

Mas, os desafios existem, seja qual for a área da atividade humana. Nem sempre temos o tempo que gostaríamos, para refletir, estudar algumas metodologias mais inovadoras, ou como trabalhar com projetos, por exemplo, ou trocar ideias com colegas de profissão. Então, com o tempo que temos, o nosso melhor é feito.

Implantação do PNLD 2024: como

Vamos ver quais opções podem ser viáveis para iniciar um planejamento coletivo e, consequentemente, uma implantação assertiva?

A primeira delas pode ser a de trabalhar com seus pares, já que isso otimiza um tempo tremendo, além do que é sempre rica a partilha de sugestões e de experiências.

Não dá mais para gente trabalhar sozinho! Tem sempre alguém novo chegando na escola (aluno, professor, gestor), e esse processo de mudança mexe tanto com a pessoa que, se ela se sentir acolhida, na hora de um planejamento em grupo, por exemplo, faz uma baita diferença.

Outra sugestão para executar um planejamento assertivo é estudar a obra com a qual vai trabalhar. Conhecer sua estrutura, suas seções, as atividades extras, dentre outros itens, sem dúvida, faz a equipe ser imbatível.

Este conhecimento sobre o livro didático é o diferencial no momento do planejamento. E estudá-la em grupo, com seus pares, é um processo enriquecedor, além de trazer muita tranquilidade mental e profissional.

E já que a ideia é implantar o uso dos livros com potência, assertividade, otimização de tempo, construção de pontes e trabalho em pares, outra sugestão que compartilhamos é a de você pensar em atividades inter e transdisciplinares, além do uso dos Temas Contemporâneos Transversais e, por que não?, dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).

Nos Anos Finais, a garotada tem muito gás e topa atividades mãos na massa, estudos de campo, observação, além, claro, de querer ser ouvida.

implantação PNLD 2024

Livros do PNLD 2024: #ficaadica

Ao se trabalhar com a coleção para o componente curricular, veja o que mais você tem à disposição: autores renomados com anos de experiência na escrita de materiais e estudos das tendências, além de um diálogo frequente com os professores que os contatam, metodologias alinhadas à BNCC e a outros documentos normativos, repertório cultural cuidadosamente elaborado por meio de uma curadoria afinada, edição da obra feita pela editora que também, há anos, é excelência na produção do material e uma equipe pedagógica da própria editora que também pode ser uma parceira incrível para a escola durante o ano letivo. 

Em suma, entendemos que planejar é preciso! E lembre-se sempre:

“uma criança/jovem, um professor, um livro e uma caneta” mudam o mundo

(Malala Yousafzai, 2021).

Antes de encerrarmos esse artigo, aproveite para relembrar conosco a semana de implantação do PNLD 2023, das coleções Ápis Mais e coleção Da Escola para o Mundo, enquanto ficamos na expectativa pelo evento desse ano. Confira!

Referências

BRASIL. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Histórico. 19 abr. 2023. Disponível em: http://www.gov.br. Acesso em: 19 out. 2023.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília: Ministério da Educação, 2017. Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/.  Acesso em: 1 set. 2023.

BRASIL. Temas Transversais Contemporâneos na BNCC – Propostas de práticas de implementação. Brasília: Ministério da Educação, 2019. Navegação Online. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/implementacao/guia_pratico_temas_contemporaneos.pdf. Acesso em: 10 set. 2023.

CARRANCA, Adriana. Malala: a menina que queria ir para a escola. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2015.

FUNDAÇÃO Telefônica Vivo. O que Malala Yousafzai tem a nos ensinar sobre liberdade e o direito à educação. 8 jul. 2021. Disponível em: https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/noticias/livro-21-historias-de-estudantes-que-mudaram-a-escola-reforca-protagonismo-jovem/

Acesso em: 19 out. 2023.