Prêmio educador nota 10: conheça a premiação e confira os projetos dos finalistas

O Prêmio Educador Nota 10, realização do Instituto SOMOS, é uma das mais prestigiadas premiações no campo da educação no Brasil. Em 25 anos, o prêmio tem como objetivo valorizar e divulgar práticas pedagógicas inovadoras e de excelência que fazem a diferença no processo de ensino-aprendizagem nas escolas de todo o país. Conheça mais sobre a premiação e conheça os finalistas de 2024:

O que é o Prêmio Educador Nota 10?

O Prêmio Educador Nota 10, maior referência da Educação Básica no Brasil, celebra desde 1998 a excelência e a inovação de professores e gestores. Ao reconhecer iniciativas que transformam a educação, o prêmio incentiva a busca constante por um ensino de qualidade.

O Objetivo do Prêmio

O Prêmio Educador Nota 10 busca dar visibilidade às boas práticas na educação básica, que envolvem desde a educação infantil até o ensino médio. Ele valoriza experiências pedagógicas que tenham impacto significativo no aprendizado dos alunos, seja em disciplinas tradicionais, como matemática e língua portuguesa, ou em projetos interdisciplinares e de desenvolvimento socioemocional.

Os projetos inscritos são avaliados por uma comissão de especialistas em educação, que selecionam aqueles que demonstram inovação, criatividade e capacidade de melhorar a qualidade do ensino. Além disso, são considerados os desafios específicos enfrentados pelos professores em suas respectivas realidades escolares, como o trabalho em escolas de regiões vulneráveis ou a inclusão de alunos com necessidades especiais.

O Impacto do Prêmio

O Prêmio Educador Nota 10 tem um impacto significativo não apenas para os premiados, mas também para o sistema educacional brasileiro como um todo. Ele contribui para a disseminação de boas práticas, estimulando outros educadores a inovar e a buscar formas mais eficazes de ensinar. Além disso, o prêmio ajuda a sensibilizar a sociedade sobre a importância do papel do professor e do coordenador pedagógico na transformação da educação no Brasil.

Com o reconhecimento dos projetos inovadores, o prêmio também incentiva o investimento em educação e contribui para a formação de uma rede de educadores que compartilham conhecimentos e metodologias eficazes, ampliando os horizontes do ensino no país.

Instituto SOMOS

Fundado em 2017, o Instituto SOMOS é uma organização dedicada a transformar vidas por meio da educação. Com o objetivo de democratizar o acesso a um ensino de qualidade, o Instituto coordena iniciativas que desenvolvem as competências do futuro em jovens de todo o Brasil, especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social. Nossa crença no poder transformador da educação nos impulsiona a construir um futuro mais justo e igualitário para todos.

O Processo de Seleção e Premiação

Os educadores interessados em participar submetem seus projetos de acordo com as diretrizes da premiação, que geralmente incluem uma descrição detalhada da proposta, os objetivos pedagógicos, o impacto nos estudantes e a metodologia utilizada. Após a fase de inscrição, uma equipe técnica faz uma pré-seleção e os projetos são analisados por um júri especializado.

Ao final, são selecionados 09 finalistas, entre professores e coordenadores pedagógicos. Desses, é escolhido o Educador do Ano, que recebe o título máximo do prêmio. Todos os finalistas ganham prêmios em dinheiro, além de terem seus projetos divulgados, servindo de exemplo e inspiração para outros profissionais de educação.

Esse ano os finalistas foram separados em 3 eixos: Direitos Humanos, Inovação e Tecnologia e Sustentabilidade.

Conheça os Finalistas Recentes

Os finalistas do Prêmio Educador Nota 10 representam a diversidade e a riqueza das práticas educativas em diferentes regiões do Brasil. A seguir, uma descrição de alguns dos projetos finalistas de edições recentes:

Eixo – Direitos Humanos

Alana Calado Franco – Nome do Projeto: Educa Bracuí

Cidade/UF: Angra dos Reis – RJ
Componente curricular: Gestão / Direção
Ano escolar: Anos Finais (9º ano)
Instituição: E.M. Quilombola Áurea Pires da Gama
Vídeo: https://youtu.be/5TYlImsREUE

Resumo do Projeto:

Nosso projeto visa preparar estudantes para o ingresso em escolas técnicas, assegurando a continuidade de seus estudos e abrindo portas para um futuro promissor. Por meio de um curso preparatório, valorizamos a rica diversidade cultural local, resgatando saberes ancestrais das comunidades caiçara, quilombola e indígena. Ao conectar esses conhecimentos com o aprendizado científico, fortalecemos a identidade dos estudantes e ampliamos suas perspectivas de futuro.

Angélica Kimie Inada – Nome do Projeto: Versos da Igualdade

Cidade/UF: Sorocaba-SP
Componente curricular do projeto: Filosofia
Ano atendido pelo projeto: Fundamental II
Instituição: Escola Estadual Professor José Quevedo
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=veeXJIDqAFM

Resumo do Projeto:

Ao unir alunos negros e não negros em um processo criativo e colaborativo, nosso projeto destacou a importância da luta antirracista para toda a comunidade escolar. A produção do livreto, que exigiu dedicação e paixão, resultou em cerca de cem exemplares que foram muito bem recebidos. A realização de uma tarde de autógrafos e a apresentação do projeto em um seminário antirracista foram momentos marcantes, demonstrando o interesse e o engajamento dos alunos. Essa experiência comprovou que a questão racial precisa ser abordada de forma contínua e em diversos espaços, especialmente aqueles mais distantes dos grandes centros. Alinhado aos ODS 4, 10 e 16, o projeto contribuiu para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa, promovendo a compreensão do racismo estrutural e valorizando a diversidade cultural.

“Organizamos uma tarde de autógrafos e apresentamos o projeto em um seminário antirracista da diretoria de ensino de Sorocaba. Esse projeto mostrou que, apesar de avanços aparentes, é crucial trabalhar a questão racial em diversos espaços, especialmente nos mais afastados. Alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 4, 10 e 18, e com a temática de direitos humanos, o projeto promoveu a compreensão do racismo estrutural e valorizou a expressão artística dos alunos, fortalecendo sua identidade cultural e autoestima”, segundo a educadora Angélica.

Liliane Machado – Nome do Projeto: As representações do feminicídio na literatura brasileira

Cidade/UF: Rio de Janeiro-RJ
Componente curricular do projeto: Linguagens
Ano atendido pelo projeto: Ensino Médio
Instituição: Colégio Pedro II

Resumo do Projeto:

Este trabalho inovador no ensino de Literatura oferece uma nova perspectiva sobre obras clássicas brasileiras, incentivando as estudantes a questionarem os significados tradicionais e a construir suas próprias interpretações. Ao introduzir textos teóricos feministas e criar rodas de leitura acolhedoras, o projeto proporciona um ambiente seguro para que as estudantes compartilhem suas experiências com a violência de gênero e desenvolvam ferramentas para enfrentá-la. A escrita se torna um ato de empoderamento, fortalecendo suas vozes e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Eixo – Inovação e Tecnologia

Givanilda Maria Silva Antunes – Nome do Projeto: Vida e movimento no Berçário

Cidade/UF: Mogi Mirim – SP
Componente curricular do projeto: Educ. Infantil
Ano atendido pelo projeto: Ensino Médio
Instituição: CEMPI Profa Maria de Lourdes Ferraz Guimarães
Vídeo: https://drive.google.com/file/d/17aJMGcazf1OCqV5zy5hg9LvoTp9JbNpl/view?usp=sharing

Resumo do Projeto:

Ao transformar um ambiente de berçário tradicionalmente assistencialista, este projeto valoriza a autonomia e o desenvolvimento integral dos bebês. Ao oferecer um espaço para o brincar livre e respeitar os ritmos individuais de cada criança, a proposta demonstra como é possível criar um ambiente mais humanizado e acolhedor. O projeto apresenta um guia prático para que professores possam realizar essas mudanças em suas próprias salas de aula, contribuindo para a construção de uma educação infantil de qualidade.

“Mostra o passo a passo da professora para promover modificações possíveis e consistentes, provando que é possível. Fazer essas modificações visando os bebês como os sujeitos mais importantes nesses processos educativos característicos da primeira infância. Caminhar na direção de um ambiente identificado com o que postulam nossos documentos oficiais da educação infantil nacional curricular comum”, diz Givanilda sobre o projeto de sua autoria.

Maurício Soares de Almeida – Nome do Projeto: Explorando o Espaço: Desbravando o Sistema Solar com Experiências Táteis – Uma Proposta Inclusiva do Ensino de Física e Astronomia

Cidade/UF: Juazeiro do Norte – CE
Componente curricular do projeto: Física
Ano atendido pelo projeto: Ensino Médio
Instituição: Instituto Federal do Ceará campus Juazeiro do Norte
Vídeo: https://youtu.be/ggkI_P0xaPc

Resumo do projeto:

“Em 2019, recebi minha primeira aluna com deficiência visual e, sem experiência, comecei a buscar estratégias inclusivas. Descobri seu interesse por astronomia e, timidamente, envolvi outros alunos na criação de maquetes sobre o sistema solar para ajudar a aluna a visualizar o tema. Esse projeto de educação inclusiva evoluiu ao longo dos anos e, em 2023, propus aos alunos do primeiro ano de Eletrotécnica o desenvolvimento de modelos experimentais para explicar conceitos de astronomia nas aulas de Gravitação”, diz Maurício sobre o projeto

Em 2023, ele expandiu projeto para as aulas de Gravitação, envolvendo a construção de modelos experimentais. O “Explorando o Espaço” demonstrou que a educação inclusiva pode ser enriquecedora para todos os alunos, contribuindo para os ODS 4 e 10.

Helder Guastti da Silva – Nome do Projeto: Projeto “Como diz o outro…”

Cidade/UF: João Neiva – ES
Componente curricular do projeto: Linguagens
Ano atendido pelo projeto: Fundamental I
Instituição: EMEF Pedro Nolasco

Resumo do projeto:

Com o objetivo de desenvolver habilidades de leitura e escrita de forma significativa, este projeto propõe um mergulho nos contos da tradição oral brasileira. Através de leituras expressivas realizadas pelo professor e de rodas de conversa que valorizam as diferentes interpretações, os alunos são convidados a apreciar a riqueza da nossa cultura popular. A produção de textos autorais, ilustrados com ferramentas de inteligência artificial, estimula a criatividade e a autonomia dos estudantes, tornando a aprendizagem mais prazerosa e significativa.

Eixo – Sustentabilidade

Raifran Abidimar de Castro – Nome do Projeto: Jogo didático “DanTUS” como objeto de ensino / aprendizagem sobre mitigação dos efeitos das Mudanças Climáticas com Sustentabilidade.

Cidade/UF: Açailândia – MA
Componente curricular do projeto: Geografia
Ano atendido pelo projeto: Ensino Médio Técnico Integrado
Instituição: Instituto Federal do Maranhão – Campus Açailândia

Resumo do projeto:

O projeto DanTUS, desenvolvido por Raifran, é uma ferramenta pedagógica poderosa para o ensino de Geografia, promovendo a aprendizagem sobre mudanças climáticas de forma interativa e significativa. Ao explorar conceitos como os 9 limites planetários, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a sustentabilidade, o jogo desafia os estudantes a refletir sobre os desafios globais e a buscar soluções para um futuro mais sustentável.

“O projeto é crucial para o ensino de Humanidades, especialmente Geografia, ao tratar de sustentabilidade (ambiental, social e econômica), urgências, incertezas, mitigação e adaptação climática em diversos continentes”, diz Raifra.

José Simões de Andrade – Nome do Projeto: Praia limpa, futuro sustentável: Enfrentando os desafios da poluição causada pelo homem no ecossistema de praia.

Cidade/UF: Santos – SP
Componente curricular do projeto: Ciências da Natureza
Ano atendido pelo projeto: Fundamental II
}Instituição: Unidade Municipal de Educação Professor Avelino da Paz Vieira

Resumo do projeto:

O projeto “Praia Limpa, Futuro Sustentável” propôs aos alunos do 7º ano uma imersão no universo das praias, com o objetivo de conscientizá-los sobre os desafios ambientais e incentivá-los a buscar soluções criativas. Através de pesquisas e experimentos, os estudantes aprofundaram seus conhecimentos sobre o ecossistema praiano e desenvolveram um robô ecológico, utilizando materiais reciclados e conceitos de engenharia. O projeto promoveu o trabalho em equipe, o desenvolvimento de habilidades de resolução de problemas e a formação de cidadãos mais conscientes e engajados com a preservação do meio ambiente.

“Os alunos desenvolveram uma solução robótica usando material reciclado, aplicando princípios do Design Thinking e conhecimentos sobre máquinas simples. O projeto também envolveu estudos sobre a paisagem, qualidade da água, tipo de areia, luz solar e temperatura, correlacionando esses fatores à flora e fauna locais. O projeto promove autonomia, criticidade, autoria e trabalho colaborativo, visando um futuro sustentável para as praias”, segundo o educador José Simões.

Juliana Gracieti Sperber – Nome do Projeto: Quintal das Sensações

Cidade/UF: Itajaí – SC
Componente curricular do projeto: Ciências da Natureza
Ano atendido pelo projeto: Educ. Infantil
Instituição: Cei Cecilia Santiago Dias

Resumo do projeto:

As crianças do nosso maternal têm a oportunidade de explorar a natureza de forma livre e espontânea, entrando em contato com diferentes texturas, sons e paisagens. Ao brincar na natureza, elas desenvolvem a coordenação motora, a percepção sensorial e a capacidade de observação. Além disso, aprendem a importância de cuidar do meio ambiente e a valorizar a vida em todas as suas formas.

O objetivo desse projeto é resgatar a importância do contato com a natureza na primeira infância, oferecendo às crianças experiências ricas e significativas. Ao explorar o mundo natural, elas desenvolvem habilidades como a criatividade, a resolução de problemas e o trabalho em equipe.

“Em vez de brinquedos tecnológicos, incentivamos a investigação e o cuidado com o meio ambiente. O objetivo é proporcionar uma educação além da sala de aula, levando-as a vivenciar o lado de fora, sentir a areia e a grama nos pés, e trazer a natureza para dentro da sala. Elas aprendem a cuidar da natureza de forma prática, tornando-se criativas, observadoras e conscientes do seu papel na preservação do planeta”, de acordo com Juliana.