10 de setembro, 2019 - Por e-docente
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Material de divulgação das editoras Ática, Saraiva e Scipione.
Não constitui documento oficial a respeito do PNLD.
A floresta amazônica tem sido muito discutida atualmente. Afinal, como levar esse assunto para as aulas? Convidamos o Doutor Wagner Ribeiro, autor da coleção Por dentro da Geografia, para explicar um pouco sobre a situação da Amazônia e propor algumas atividades a serem desenvolvidas com os alunos.
A coleção Por dentro da Geografia é totalmente alinhada à BNCC e foi aprovada no PNLD 2020. No vídeo a seguir, confira algumas características da coleção:
A Amazônia combina diversos ambientes que estão articulados. Ao romper algum dos elementos do sistema verificam-se graves consequências que podem afetar a dinâmica dos processos naturais, com enormes implicações sociais em diferentes escalas.
No Brasil foi definida a Amazônia Legal como uma área de cerca de 5 217 423 km², cerca de 61% do território do país. Nela estão incluídos os seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso, além dos municípios do Maranhão que estão a oeste do Meridiano 44.
Nessa área, na qual vivem cerca de 20 milhões de habitantes, a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia procura desenvolver ações coordenadas para promover o desenvolvimento sem afetar a conservação ambiental. Mas a Amazônia, enquanto sistema natural, envolve mais 8 países: Bolívia, Colômbia, Equador, França (Guiana Francesa, território além mar francês), Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
Aproveite para conferir uma conversa com o autor sobre sua coleção aprovada no PNLD 2020:
Estudos mostram que o solo amazônico é pobre em nutrientes, que são repostos pela decomposição natural das árvores.
A evapotranspiração das plantas permite que um volume extraordinário de água circule pela Amazônia. Parte dessa umidade é transferida a outras partes do país, levando chuvas até o Sul e Sudeste. O vento transporta a massa de ar que, ao chocar-se com a Cordilheira dos Andes, volta-se ao sul e sudeste do Brasil.
Na Amazônia estão armazenadas megatoneladas de carbono nas árvores, que ajudam a manter as condições climáticas da Terra. Com a queima desse material, o CO2 vai para a atmosfera e agrava o efeito-estufa, ampliando o aquecimento global.
Esse conjunto de fatores é chamado de serviço ecossistêmico e ambiental. Ecossistêmico por fornecer elementos para a manutenção dos ciclos biogeoquímicos que ocorrem na Amazônia. E ambiental por afetar a sociedade em diferentes escalas.
Na escala local, o desmatamento leva à diminuição de chuvas e perda da biodiversidade, dizimando fontes de alimentos e estoques de água que prejudicam os povos da floresta (indígenas, ribeirinhos, caboclos). Na escala nacional, a diminuição da floresta altera a oferta de chuvas em uma faixa que chega aos estados do Paraná e de São Paulo, o que pode afetar a produção agrícola. Na escala internacional, por levar à atmosfera um gás de efeito-estufa, o que agrava o aquecimento global, que pode gerar eventos climáticos extremos com maior frequência, entre outros problemas.
Por isso a conservação das diversas feições vegetais da Amazônia é muito importante. Saber aproveitar a riqueza que as matas oferecem exige estudos e diálogo com as populações que vivem nelas, em alguns casos, a séculos. Desse modo, pode-se explorar com inteligência os recursos naturais sem ameaçar os serviços ecossistêmicos e ambientais fundamentais para a população amazônica, para a sociedade brasileira e para a população mundial.
A Amazônia sempre desperta o interesse dos estudantes. Diversos aspectos podem ser abordados para estudar essa parte tão importante do território brasileiro. Confira duas sugestões:
O estudo da biodiversidade do Brasil é um tema muito presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Quer conferir algumas ações para implementar a Base em suas aulas? Baixe o e-book gratuitamente.