30 de junho, 2020 - Por e-docente
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Falar e refletir sobre a nossa realidade atual é necessariamente pensar sobre uma sociedade em transição ou transformação. Segundo Castells (1999), qualquer análise desse contexto é indissociável da influência exercida pela Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no mundo moderno. Em outras palavras, sistemas computadorizados já fazem parte de diversas atividades do nosso dia-a-dia. A informação, hoje, pode ser consultada a qualquer momento e lugar. Isso tem criado novos significados para nossas relações e tradições.
Segundo dados do Comitê Gestor da Internet (CGI.br), 102 milhões de brasileiros possuíam acesso à internet entre novembro de 2015 e junho de 2016. Desse total, 89% acessam a rede através de seus celulares (WIFI e 3G/4G).
Mas e na educação? Quais são os desafios? Paradigmas? Será que essa realidade também é incorporada? Quais metodologias são mais adequadas?
Esse início de século XXI tem trazido reflexões sobre a área da educação. Criando e revistando conceitos teóricos sobre o papel do estudante e do professor na promoção de uma relação de ensino e aprendizagem significativa e contextualizada.
Nos dias atuais, as TIC estão proporcionando diferentes formas de interação e sociabilidade na população. Em particular, nas gerações mais jovens que estão imersas nessa realidade.
Nesse sentido, para aumentar o engajamento e interesse dos estudantes não podemos isolar a realidade. Pelo contrário, devemos explorar e incorporar a nossa prática docente abordagens que relacionem a realidade do estudante e melhorem o seu processo aprendizagem.
A dinamicidade e potencial de representação das TIC permitem que conhecimentos de disciplinas consideradas de difícil compreensão e abstração sejam assimiladas, exploradas e representadas mais facilmente. Essa perspectiva vai ao encontro com o modelo socioconstrutivista, que argumenta que o processo de aprendizagem deve ser ativo, interpretativo e interativo (DRIVER et al,1994).
Que tal brincar com combinações genéticas e ver como os genes dominantes e recessivos aparecem em várias gerações? Que tal estudar respiração celular, meiose, mitoses, expressão proteica e outros temas de forma interativa? E que tal visualizar animações, completar os estudos com imagens estáticas, textos e questionários?
A experimentação, de modo geral, pode promover oportunidades para que os estudantes vivenciem e visualizem na prática o assunto estudado. Isto é, trabalha-se uma situação de investigação que engloba a construção de conhecimentos e resolução de problemas reais. Essa aplicação da teoria na prática gera significância e ajuda na nossa assimilação da informação.
Contudo, em específico no ensino de biologia, muitas vezes a falta de recursos (laboratórios, equipamentos, técnico, carga horária etc.) impossibilita a promoção dessa abordagem em muitas instituições. Mas, a boa notícia é que existem alternativas proporcionadas pela tecnologia digital que podem suprir essa demanda.
Para facilitar esse processo, compartilhamos com você algumas dicas (em português e inglês) de aplicativos, softwares, sites e jogos que podem ser incorporados ao seu plano de aula e à sua prática docente. Confira a lista a seguir:
Você conhece e/ou utiliza outros? Tem mais sugestões? Então, compartilhe conosco e ajude os colegas! ?
DRIVER, R.; ASOKO, H.; LEACH J.; MORTIMER, E. SCOTT, P. Constructing Scientific Knowledge in the Classroom. Educational Researcher, Vol. 23, No. 7, pp. 5-12 Oct., 1994. Disponível em: <http://calteach.ucsc.edu/People_/Instructors/documents/Driver-Constructionofscikn.pdf>. Acesso em: 21 Jul. 2017.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Assessor Pedagógico das Editoras Ática, Scipione e Saraiva na Rede pública.
Doutor em Engenharia e Gestão do Conhecimento pela UFSC.