06 de novembro, 2020 - Por e-docente
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Para discutir projeto integrador convém resgatar alguns dos principais estudiosos. Dentre eles, John Dewey compreendia a sala de aula como uma “comunidade em miniatura”, assim os problemas concretos e soluções deveriam orientar a atividade educativa.
Assim como Dewey, William Heard Kilpatrick aprimorou o conceito de projeto ao trazer sua centralidade para a ação do estudante na atividade coletiva. Anos depois, os educadores espanhóis Fernando Hernández e Montserrat Ventura Hernández (1998) já defendiam a organização do currículo escolar a partir de projetos, e não de disciplinas ou conteúdos para superar a fragmentação e dotar de sentido a aprendizagem.
Nessa perspectiva, apresentamos abaixo uma proposta de projeto a partir de uma competência geral associada às habilidades específicas da Língua Portuguesa, Matemática e Ciências Humanas para você discutir com colegas de outros componentes específicos e agregar saberes a fim de potencializar a interdisciplinaridade.
Leia também: Projetos integradores do PNLD 2020 – Quais as vantagens?
Vamos usar de exemplo o tema “O mundo pós-pandemia”. A problematização a ser conduzida deve contemplar questões como: O quê? Como? Quando? Por quê? Desse modo, propomos:
Para produzir afirmações e sub-afirmações de maneira lógica, o instrumento mapa conceitual é bastante favorecedor. E, para identificar o dilema, fracioná-lo em diferentes níveis de questionamentos, bem como relacionar essas partes, o mapa pode ser desenvolvido no Canva gratuito, com todas as orientações para sua montagem, bastando realizar o cadastro. Pode ser uma construção por grupos e posteriormente discussão no coletivo.
Disponível em: https://www.canva.com/pt_br/graficos/mapa-conceitual
Após a problematização, é possível construir o percurso das ações com os estudos necessários. O Scrumblr permite trabalhar com etiquetas no quadro. Você pode dividir a tabela em quadros e acrescer o texto. Basta acessar, entrar com o nome, organizar e compartilhar o link. Os estudantes vão colocando as etiquetas. Não tem segredo e não é necessário baixar o aplicativo! Disponível em: http://scrumblr.ca/
Dicas:
A partir das ideias alinhadas, os professores envolvidos podem constituir diferentes roteiros e distribuí-los entre os grupos de estudantes, assim, após os estudos, é possível criar o debate com a apresentação de cada grupo, potencializando o aprendizado entre pares!
Em seguida, a proposta é constituir um produto e, neste caso, a produção de uma trilha gamificada para compartilhamento com turmas do Ensino Fundamental.
Em www.cdf.org.br você encontra as orientações. É necessário baixar o aplicativo e criar o cadastro tanto para a criação quanto para a participação no jogo.
É possível compor até 7 cenários com 3 fases em cada um. Em cada fase, você pode constituir um Quiz utilizando verdadeiro/falso ou múltipla escolha. Após criar o percurso, basta compartilhá-lo pelo Whatsapp.
Outro produto pode ser um jogo tipo “Escape” para as demais turmas do Ensino Médio organizado no Google Forms. É bastante intuitivo, mas se quiser algumas dicas, pode encontrá-las aqui.
Aqui, os estudantes podem criar os cenários incluindo ilustrações, estatísticas, vídeos e compor o Quiz pautado na apresentação realizada no debate. A elaboração de perguntas de múltipla escolha requer a compreensão das habilidades específicas, desse modo pode ser um instrumento potencial para avaliação.
Então, mãos à obra!
Leonora Pilon Quintas