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Identidade Saraiva Redação: Uma conversa sobre a obra que vai além do Enem

Identidade Saraiva - Redação - Entrevista com autores

O Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) de 2026 traz uma proposta inovadora para o Ensino Médio: incentivar a autonomia dos estudantes e a personalização do aprendizado. Nesse contexto, a obra “Identidade Saraiva – Redação” se destaca por ir além da preparação para o Enem, capacitando os alunos a encontrar sua própria “voz” e estilo de escrita, ao mesmo tempo em que atende às exigências da redação formal.

Mas como a obra atinge esse objetivo tão ambicioso? Conversamos com os autores Paula Baracat, William Cereja, Carolina Dias Vianna e Christiane Damien Codenhoto para entender os pilares dessa metodologia transformadora.

Incentivando a autonomia e a personalização do aprendizado

A primeira grande questão é como a obra consegue aliar a liberdade de expressão à estrutura rígida da redação formal. A resposta, segundo os autores, está na abordagem dos temas. “Os temas atuais relevantes escolhidos para cada capítulo, abordados por meio da leitura ou escuta de diferentes textos, relacionam-se às realidades das juventudes dos dias de hoje, mobilizando os estudantes a se posicionar diante das questões propostas”, explicam.

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Essa aproximação com o universo do aluno é fundamental. A obra propõe atividades que estimulam a reflexão, como a leitura de textos sobre slam e slam por sinais, que trabalham com as culturas juvenis. O resultado é que, no momento da produção escrita, o estudante já tem um repertório de ideias e pontos de vista para se expressar. “O estudante já passou por várias atividades que o incentivaram a refletir a respeito dos temas a partir de diferentes visões de mundo e, com isso, tem elementos suficientes para definir um ponto de vista de forma clara, objetiva e bem fundamentada”, reforçam os autores.

Redação para o Enem e para a vida

É inegável o peso do Enem no Ensino Médio, e a obra “Identidade Saraiva – Redação” foi pensada para atender a essa demanda. Contudo, o objetivo é ir além do formato engessado da prova. O foco principal é capacitar o estudante a argumentar, uma habilidade essencial para diversos gêneros textuais.

"Há inúmeros gêneros que circulam na sociedade cuja principal capacidade de linguagem demandada é exatamente a argumentação: apresentações orais, debates, artigos de opinião, resenha crítica (oral ou escrita), carta de reclamação e até mesmo uma postagem ou comentário em rede social", pontuam os autores.

Dessa forma, a obra prepara o aluno não apenas para a redação do Enem, mas para “se posicionar frente a situações variadas nas quais seja chamado a esse fim”. É a escrita como uma ferramenta de atuação social e cidadã.

Desenvolvimento de repertório e pensamento crítico

A proficiência em redação depende de um repertório sociocultural sólido e da capacidade de argumentação. A obra aborda essa necessidade de forma sistemática. Desde o início das unidades, “propomos painéis compostos de imagens e citações com perguntas para introduzir o tema, dialogar com o que os estudantes já conhecem sobre aquele assunto e aprimorar seu repertório sobre o debate”.

Ao longo dos capítulos, a leitura de textos jornalísticos e midiáticos e a análise de diferentes pontos de vista são constantes, incentivando o desenvolvimento do pensamento crítico. Para finalizar, os painéis de textos multimodais “ampliam ainda mais o repertório e a visão crítica do aluno”. É um ciclo contínuo de aprendizado e reflexão.

Estratégias para engajar os jovens na escrita

A inclusão de temas contemporâneos e relevantes é fundamental para engajar os jovens. A obra “relaciona os temas às vivências dos estudantes por meio de diferentes estratégias”. Uma delas é a busca por textos que promovam o diálogo com as realidades atuais das juventudes, como artigos jornalísticos, infográficos, mapas, cartuns, charges e tirinhas.

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Outra estratégia é a abordagem de temas complexos, aproximando-os dos jovens por meio de “relações intertextuais, propondo conversas e debates com questões que demandam do estudante o estabelecimento de relações entre o tema e suas próprias vivências”. Além disso, a obra aborda assuntos relevantes, como a “uberização” do mercado de trabalho, a violência contra a mulher, o etarismo e as questões climáticas.

Diálogo com a digitalização e competências digitais

Com a crescente digitalização, a linguagem escrita tem se diversificado. A obra dialoga com isso através dos inúmeros textos que a compõem, especialmente na seção Entre Saberes, que é interdisciplinar e busca ampliar o repertório dos estudantes com textos de outras mídias, como vídeos, podcasts e reportagens digitais. Além disso, as tecnologias digitais também são o tema de discussão, com debates sobre questões éticas relacionadas à Inteligência Artificial e o uso de redes sociais, por exemplo.

Metodologias para avaliação formativa

O processo de correção e reescrita é vital para o aprimoramento da escrita. Em todos os capítulos, a produção de textos é dividida em três subseções: Planejamento do texto, Escrita, Revisão e reescrita. Além da avaliação do professor, os alunos são incentivados a revisar os textos uns dos outros, promovendo um aprendizado colaborativo.

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A manutenção de um portfólio de redações permite que o estudante acompanhe sua própria evolução, um processo que “melhora a proficiência, mas também permite que os próprios estudantes percebam sua evolução ao longo do processo, sentindo-se mais estimulados a dar prosseguimento ao trabalho”. Há ainda um capítulo para a realização de um simulado de redação e outro com a proposta de um concurso de redação.

As expectativas para o impacto da obra no Ensino Médio

A expectativa dos autores é “ver o aluno da escola pública se sentindo seguro e preparado para produzir seu texto no momento da prova de Redação do Enem e que, dado o peso dessa prova, isso represente de fato uma entrada cada vez maior desses estudantes na Universidade pública”. Para além do Enem, os autores têm a convicção de que a obra contribuirá para que o aluno reflita de forma crítica sobre o mundo, planeje seu projeto de vida e atue na sociedade de maneira ética e responsável, utilizando a língua de forma consciente.

Conclusão

A obra “Identidade Saraiva – Redação” se apresenta como uma resposta completa e inovadora às diretrizes do PNLD 2026. A partir da entrevista com os autores, fica claro que o foco vai muito além da preparação técnica para exames. A metodologia da obra capacita o estudante a encontrar sua própria voz, a argumentar de forma consistente e a desenvolver um pensamento crítico diante dos desafios da sociedade contemporânea.

Ao criar um ambiente de aprendizado que valoriza o repertório sociocultural, o diálogo com o universo digital e a reflexão sobre temas relevantes, o material oferece as ferramentas para que o estudante se torne um cidadão mais consciente e preparado. A maior expectativa dos autores, de ver o estudante da rede pública de ensino cada vez mais seguro e preparado para a universidade, reflete o potencial transformador desta obra para o futuro da educação no país.

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