Identidade Saraiva: Educação Digital – Entrevista com os Autores da obra do PNLD Ensino Médio

Em um mundo cada vez mais imerso na era digital, a educação precisa acompanhar as transformações para preparar os estudantes para os desafios e oportunidades do século XXI. É nesse contexto que obra do PNLD 2026 Identidade Saraiva: Educação Digital se destaca, e tivemos a oportunidade de conversar com seus autores: Januária Cristina Alves, Paulo de Camargo e Victor Vicente, que compartilharam suas visões sobre o tema e o impacto de sua obra:
O que seria Educação Digital e o que o componente curricular ensina?
Os autores explicam que a “educação digital e midiática é uma área interdisciplinar que integra as competências da BNCC, voltadas para a reflexão crítica sobre as tecnologias da informação e comunicação, com ênfase a questões relativas à cultura e tecnologias digitais, bem como o pensamento computacional”. Eles ressaltam que essa área “se baseia em políticas recentes como a PNED e a EBEM, que visam formar estudantes capazes de usar as tecnologias não só de forma instrumental, mas crítica, compreendendo sua influência social e cultural”.
A partir da Resolução CNE/CEB nº 2/2025, essa educação tornou-se obrigatória nos currículos escolares, e a legislação recente (Lei 15.100/2025 e Decreto 12.385/2025) orienta para um uso pedagógico e qualificado dos dispositivos digitais nas escolas. O objetivo principal é “preparar os estudantes para atuarem com autonomia crítica no mundo digital, promovendo soluções éticas, sustentáveis e igualitárias para os problemas sociais do país”. O CNE destaca que essa área deve ser construída com a colaboração entre diversas disciplinas.
Como o material contribui para o letramento digital e a cidadania digital dos estudantes?
“Nosso material contribui para o letramento digital e a cidadania digital dos estudantes ao propor uma abordagem crítica, ética e interdisciplinar sobre as tecnologias digitais”, afirmam os autores. Eles detalham que “ao longo do livro, os estudantes são convidados a refletir sobre temas como o impacto das redes sociais, a proteção de dados, a desinformação, o pensamento computacional e o uso da inteligência artificial no cotidiano”.
As discussões são contextualizadas em situações reais, promovendo a compreensão de como as tecnologias influenciam comportamentos, relações e decisões na sociedade. As “atividades práticas, como a criação de podcasts, campanhas de conscientização e narrativas visuais, estimulam o uso criativo e responsável das ferramentas digitais, sempre com base na legislação vigente e nos princípios da ética digital”. Com isso, o objetivo é “não apenas desenvolver as habilidades previstas na BNCC, mas formar cidadãos mais conscientes, críticos e colaborativos – melhor preparados para enfrentar os desafios complexos do mundo contemporâneo e para imaginar e construir mundos mais justos, inclusivos e sustentáveis”.
De que forma as ferramentas digitais propostas ampliam a aprendizagem?
As “ferramentas digitais propostas no nosso livro ampliam a aprendizagem ao integrar tecnologia e conteúdo de forma significativa, ativa e contextualizada”.
Cada capítulo e unidade do material propõem “atividades de produção crítica e projetos práticos, nos quais os estudantes são desafiados a aplicar os conhecimentos construídos na criação de podcasts, videocasts, campanhas digitais, jogos, cartilhas, folhetos e narrativas visuais”. Essas propostas “estimulam a autoria, a reflexão ética e o engajamento com temas relevantes da vida digital, sempre articuladas às competências da BNCC”.
Além disso, incentivam a “colaboração, a pesquisa, o uso criativo de plataformas digitais, softwares de edição e ambientes virtuais interativos”. Ao “aprender fazendo, os estudantes desenvolvem múltiplas linguagens e se tornam protagonistas do próprio processo formativo, conectando a escola ao mundo e se preparando para atuar de forma crítica, responsável e transformadora diante dos desafios do século XXI”.
Como vocês integram segurança digital e ética no uso das tecnologias?
A segurança digital e a ética são integradas “de forma transversal e prática ao longo de todo o livro”. Os autores abordam temas como “privacidade, proteção de dados, uso responsável das redes sociais, desinformação, discurso de ódio, bullying digital e direitos digitais, sempre conectando teoria e vivência cotidiana dos estudantes”.
Leia mais: 10 ferramentas de tecnologia na Educação que todo professor deve conhecer em 2025
Eles trabalham com “atividades que desenvolvem a consciência crítica sobre o compartilhamento de informações, os riscos de exposição online e as consequências da violação de direitos no ambiente digital”. Além disso, incentivam “atitudes éticas e seguras por meio de projetos colaborativos como a criação de cartilhas, folhetos e campanhas que envolvem pesquisa, análise crítica e aplicação de legislações como a LGPD” , promovendo assim “uma formação cidadã e responsável no uso das tecnologias”.
Qual a importância do pensamento computacional no material?
O pensamento computacional “ocupa um papel central no nosso material, pois é apresentado como uma competência fundamental para compreender e atuar no mundo digital de forma crítica e criativa”. Por meio de atividades práticas e interdisciplinares, os autores incentivam os estudantes a desenvolver habilidades como “decomposição de problemas, abstração, reconhecimento de padrões e pensamento algorítmico – não apenas para programar, mas para resolver desafios do cotidiano”.
Ao aplicar essas estratégias em contextos reais, como projetos, jogos e análises de redes sociais, os alunos percebem que o “pensamento computacional vai além da tecnologia: ele amplia a capacidade de raciocínio lógico, organização e tomada de decisões”. A proposta fortalece “tanto a autonomia intelectual quanto a preparação para os desafios profissionais e sociais do século XXI”.
Poderiam dar um exemplo de atividade que estimule a criação de conteúdo digital pelos estudantes?
Um exemplo é a “produção de um videocast sobre desinformação, presente na Unidade 2”. Nessa atividade, os estudantes “investigam o fenômeno das fake news, analisam campanhas de desinformação e refletem sobre o papel das redes sociais na difusão de conteúdos enganosos”. A partir dessa pesquisa, “eles elaboram um roteiro, gravam e editam um videocast com o objetivo de informar e conscientizar o público sobre o tema”.
Durante o processo, os alunos desenvolvem “competências de letramento digital, trabalho em equipe, comunicação multimodal e responsabilidade no uso das mídias ao mesmo tempo em que criam conteúdo digital com propósito educativo e cidadão”.
Conclusão
A obra Identidade Saraiva: Educação Digital, com a expertise de Januária Cristina Alves, Paulo de Camargo e Victor Vicente, se mostra uma ferramenta essencial para a formação de cidadãos conscientes e preparados para os desafios do mundo digital. A abordagem interdisciplinar, ética e prática garante que os estudantes desenvolvam não apenas habilidades técnicas, mas também o pensamento crítico necessário para navegar com segurança e responsabilidade na complexa paisagem digital contemporânea. A obra é um convite à reflexão e à ação, capacitando a nova geração a construir um futuro digital mais justo, inclusivo e sustentável.
Para mais informações e para baixar o manual do professor, visite a página da obra:
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