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A importância do ensino socioemocional para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

22 de maio, 2019 - Por Victor Thadeu

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Home > Blog > BNCC > A importância do ensino socioemocional para a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
Ouça este artigo:

A escola sempre foi vista como o principal espaço de transmissão de conteúdos e conhecimentos de caráter mais técnico. Por muito tempo, as práticas pedagógicas que traziam uma abordagem não diretamente relacionada ao vestibular perdiam força e tendiam a ficar em segundo plano, como é o caso da educação socioemocional.

Tudo isso mudou com a chegada da Base Nacional Comum Curricular, a BNCC. A partir de uma estrutura pedagógica moderna e alinhada a novos estudos, a Base traz um enfoque muito maior ao que pode ser chamado de competências socioemocionais. Mas, afinal, o que são essas competências? De que forma elas auxiliam na formação dos estudantes? Qual seu propósito dentro do ambiente escolar? Veremos mais adiante.

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As competências socioemocionais

A BNCC busca a formação integral dos alunos brasileiros, baseando-se no desenvolvimento de habilidades e competências diversas em prol do estabelecimento de uma sociedade mais justa, igualitária, democrática e inclusiva, a partir de cidadãos engajados, críticos e independentes.

Assim, a educação tem um fim bastante completo, deixando de concluir-se no acúmulo de conhecimentos cognitivos. As competências socioemocionais assumem o papel relacionado à formação ampla enquanto seres humanos e cidadãos, tendo como enfoque a habilidade de educar as emoções.

Essa aprendizagem leva em conta que estudantes capazes de assimilar e administrar as próprias emoções tendem a ter um desempenho melhor tanto no âmbito acadêmico quanto na vida como um todo — reduzindo, por exemplo, a indisciplina escolar e maus comportamentos, e também potencializando a aprendizagem das disciplinas.

As competências socioemocionais envolvem habilidades como pensamento crítico, imaginação, estabilidade emocional, empatia, disciplina, curiosidade, responsabilidade, entre muitas outras.

O que são habilidades não puramente cognitivas?

As habilidades não cognitivas são as que não exigem uma bagagem de conhecimento teórico e acadêmico para serem trabalhadas — por exemplo, habilidades motoras e orais. Não há necessidade de que uma pessoa saiba ler e escrever para andar e se equilibrar em uma bicicleta, por exemplo.

Por muito tempo, essas habilidades estiveram em uma esfera diferente das cognitivas. Entretanto, muitos estudos destacam a importância de unir os dois tipos de habilidades, uma vez que aquelas que não são puramente cognitivas contribuem para o aperfeiçoamento dos níveis de aprendizado. Alguns exemplos de habilidades que não são unicamente cognitivas são o foco, a atenção, o autocontrole e a perseverança.

Assim, dá para entender por que desenvolver essa formação é tão importante para todo o processo de ensino. Uma pessoa que saiba manter o foco, seja perseverante e consiga dividir bem o próprio tempo certamente obterá melhores resultados seguindo uma rotina de estudo do que outro estudante que não tenha trabalhado essas habilidades.

A dimensão socioemocional na BNCC

A educação socioemocional permeia a BNCC de forma transversal, percorrendo todo o planejamento da Educação Infantil até o Ensino Médio. Dentre os referenciais usados para formulação da Base e de outros projetos de educação socioemocional, destaca-se a teoria da psicologia sobre o Big Five, ou “Cinco Grandes Fatores de Personalidade”, que compreendem a abertura a novas experiências, a extroversão, a amabilidade, a consciência e a estabilidade emocional.

A BNCC utiliza as premissas socioemocionais para trabalhar as habilidades dentro de todas as disciplinas com base nos conteúdos a serem trabalhados, não em aulas direcionadas para o tema da educação emocional. Dentre as 10 competências gerais da Base é possível verificar o desenvolvimento socioemocional em todas elas, sendo que as três últimas têm esse enfoque mais específico: 

  • Competência 8: Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
  • Competência 9: Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
  • Competência 10: Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Nas competências, é possível observar, em destaque, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais na medida que priorizam uma formação ética e empática, visando à resolução de conflitos, à cooperação e ao posicionamento enquanto agente de transformação. O mesmo princípio é visto nas competências específicas de cada área do conhecimento. Vejamos um exemplo de Ciências, no Ensino Fundamental:

  • Competência específica 5: Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza.

A necessidade da formação integral

Além de uma boa administração das emoções ser essencial para a aprendizagem no âmbito escolar, uma educação voltada para as exigências do século XXI leva em conta também a formação de pensamento crítico, da autonomia, da criatividade, entre outros. É cada vez mais exigido dos novos profissionais características como dinamismo e flexibilidade, aprendizados que uma educação unicamente voltada às habilidades cognitivas dificilmente saberá suprir.

É a isso que se propõe a formação integral de cada aluno. Muito além de um ensino conteudista, uma formação ampla pode ser a chave para o futuro de uma sociedade melhor.

Ao educar as crianças e adolescentes de forma a aprenderem a lidar com as próprias emoções, a respeitar o próximo, a ter responsabilidade, consciência crítica e empatia, a saber desenvolver a criatividade e a imaginação, poderemos também combater uma série de problemas sociais em suas “raízes”.

A curto prazo, a formação integral com base na educação socioemocional pode ser fundamental para o combate ao bullying, ao preconceito de qualquer natureza e aos maus comportamentos escolares.

Já a longo prazo, é possível formar futuros adultos que saberão administrar os próprios sentimentos, serão mais conscientes e críticos em relação às injustiças sociais e às demandas de grupos marginalizados, levarão de forma mais séria as responsabilidades cotidianas da vida e possivelmente terão mais familiaridade com a criação de soluções e melhorias para a sociedade como um todo.

Como trabalhar as competências socioemocionais

Diferentemente das competências puramente cognitivas, as socioemocionais são mais subjetivas e difíceis de avaliar e de medir. Isso significa que é necessário pensar em projetos e maneiras de integrá-las ao cotidiano escolar de forma eficiente, levando em consideração suas particularidades — o que, sem dúvida, exige certo trabalho.

Ao longo da Educação Básica, o planejamento socioemocional pode vir articulado juntamente às habilidades que medem conhecimento. Vejamos um exemplo de uma habilidade da disciplina de História para o 9º ano do Ensino Fundamental:

(EF09HI36) Identificar e discutir as diversidades identitárias e seus significados históricos no início do século XXI, combatendo qualquer forma de preconceito e violência.

Para atingir plenamente essa habilidade, é necessário exercer pensamento crítico e empatia, por exemplo, com autonomia para julgar preconceito e violência.

Por outro lado, as competências socioemocionais podem ser incluídas em outras atividades do cotidiano da escola. Alguns exemplos de simples aplicação:

  • Incentivar uma abertura para falar sobre emoções, como perguntar aos alunos todos os dias como estão se sentindo;
  • Aplicar questionários de autoavaliação nas turmas;
  • Observar comportamentos de trabalhos em grupo, como cooperação, autonomia e respeito às opiniões alheias;
  • Criar espaços seguros para abordar temas relativos à vida pessoal dos estudantes, no fortalecimento das figuras de adultos de confiança;
  • Estimular a escolha e a tomada de decisões das crianças em atividades;
  • Usar os erros como aprendizados e estímulos à vontade de melhorar e aprender, com mentalidade de crescimento.

Conclusão

A proposta da Base Nacional Comum Curricular de incluir uma formação integral pode ser a chave para uma transformação concreta e ampla na educação brasileira. A união do desenvolvimento socioemocional e cognitivo ao projeto da Base tem grande potencial de transformação das próximas gerações. Espera-se que, dessa forma, elas sejam compostas, em maioria, de cidadãos críticos e conscientes, que saibam lidar com as próprias emoções e as usem a seu favor para as mudanças sociais necessárias.

Ainda que as mudanças sejam desafiadoras e nem sempre facilmente implementadas, o currículo comum, requalificado com base nos estudos pedagógicos mais recentes e definido a partir das necessidades da contemporaneidade, pode representar uma grande conquista para a formação e o desenvolvimento dos estudantes. Com devido estudo e planejamento, a inovação proposta pela BNCC pode ser uma grande aliada da escola.

Para entender melhor a elaboração da BNCC, leia nosso material gratuito sobre as mudanças que a Base passou até sua homologação:

edo_cta_como-as-habilidades-evoluem

Quais atividades sua escola tem desenvolvido para promover a educação socioemocional? Conta pra gente nos comentários!

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